quarta-feira, 9 de junho de 2010

(Metrópoles emergem em pleno cerrado) IMPERATRIZ é destaque na revista Valor Econômico



METRÓPOLES EMERGEM EM PLENO CERRADO

As principais cidades do sudoeste do Maranhão são hoje pólos dinâmicos de desenvolvimento e devem receber investimentos industriais avaliados em mais de US$ 2 bilhões até 2013. Em Imperatriz, a 628 quilômetros de São Luís, a Suzano Papel e Celulose devem investir US$ 1,8 bilhão em uma fábrica. Já Açailândia, a 70 quilômetros de Imperatriz, será a sede de Aciaria Gusa Nordeste, uma obra de R$ 300 milhões com capacidade para produzir 500 mil toneladas de tarugos de aço por ano.

Em Imperatriz, mais de 70% das empresas do município são comerciais. “A cidade tem localização estratégica e funciona como um centro de uma região com mais de um milhão de pessoas, diz o prefeito Sebastião Madeira. Desde a década de 1960, o município atrai migrantes de outros Estados do Nordeste e Sudeste. Já possui quatro universidades privadas e faculdades da Universidade Federal do Maranhão (Ufma) e da Universidade Estadual do Maranhão (Uema), com mais de dez mil alunos.

Localizada a poucos mais de 600 quilômetros de São Luís de capitais como São Luís, Belém, Palmas e Teresina, Imperatriz é conhecida como “metrópole da integração nacional”. A prefeitura reinvidica a duplicação da Belém-Brasília, que corta a cidade. Para dar conta do tráfego, está em execução um grande projeto de travessia urbana, em um trecho de 12 quilômetros, com oito novos viadutos.

Foi inaugurada em 2009 uma ponte estaiada de mil metros de extensão sobre o Rio Tocantins. “A ponte da liberdade liga a cidade ao Estado vizinho do Tocantins e promove integração com a região do bico do papagaio, que reúne 25 cidades com uma população de 200 mil habitantes”, comenta o Secretário de Desenvolvimento Econômico de Imperatriz, Sabino Costa.
Com capacidade anual de 170 mil passageiros, o aeroporto Renato Cortez Moreira, inaugurado há 30 anos, vai receber um novo terminal de embarque. As obras começam em outubro. Segundo a Infraero, o movimento alcançou movimento de 195 mil passageiros em 2009.

Outra aposta de desenvolvimento do município é o Distrito Industrial, criado há 25 anos, mas que abriga apenas quatro empresas. “A meta é chegar a 10 unidades nos próximos dois anos”, diz costa. O principal atrativo são os benefícios fiscais do programa ProMaranhão, lançado em 2009, que oferece uma redução de até 75% do valor do ICMS de produto fabricados pelo estado.

“Imperatriz entrou em um processo de verticalização urbana”, diz o corretor Ademar Mariano”. Em 1993 o município tinha apenas dois prédios residenciais com mais de cinco andares. Hoje, há dez edifícios em construção, de oito a 18 andares, com apartamentos acima de 150 metros quadrados de área e preços de R$ 200 mil e R$ 550 mil. “Um prédio com 60 unidades foi inteiramente vendido em 20 dias”. A cidade vai receber também três grandes condomínios horizontais nos próximos dois anos. O empresário Dimas da Silva vai lançar, a partir de 2011, o condomínio jardins de Imperatriz, um empreendimento comercial em uma área de 1 milhão de metros quadrados estimados em R$ 1,5 bilhão em valor total de venda.

Com a nova fábrica da Suzano, que deve gerar 20 mil empregos diretos e indiretos, e a hidrelétrica de Estreito, que entra em operação ainda neste ano, milhares de novos moradores são esperados. “Em dez anos, a cidade dobrará de tamanho e terá 500 mil habitantes”, prevê costa. Hoje a cidade de 236,6 mil habitantes tem um PIB avaliado em R$ 1,5 bilhão, o terceiro maior do estado, depois de São Luís e Açailândia.

Com 101,1 mil habitantes, Açailândia apresenta o segundo maior PIB do Estado (R$ 1,8 bilhão), e se transformou em um importante pólo guseiro. Das sete siderúrgicas instaladas no Estado, cinco estão na cidade. Até 2011, deverá ser concluídas as obras da Aciaria Gusa Nordeste, que vai gerar 1,3 mil empregos. O município também pretende criar, dentro de dois anos, um distrito industrial.

Uma das molas do crescimento da cidade, que conta com o maior rebanho bovino do Maranhão, é a presença de duas ferrovias controladas pela Vale. “A Norte-Sul e a Carajás são importantes opções de escoamento das riquezas da região”, diz Lucimar Cordeiro, secretário da Indústria, Comércio, Turismo e Infraestrutura de Açailândia.

Nos próximos anos, o maior desafio do município será criar uma rede de saneamento básico. “A meta é implantar estações de tratamento de água e canalização de córregos para 25 mil casas, até setembro”, diz o secretário de Meio Ambiente, Antônio Galvão.


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ERA DOS SHOPPINGS CHEGAM AO SUDOESTE






Conhecida por ser um importante pólo de comércio e serviços do sudoeste do Maranhão, Imperatriz vai ganhar dois shoppings centers até 2012. Na vizinha Açailândia, o comércio cresce com a ajuda do pólo siderúrgico local. Hoje, ações do Serviço Brasileiro de apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae) investem em treinamentos sobre gestão empresarial e devem formalizar quase mil negócios até o final de 2010.

“Do total de empresas do comércio de Imperatriz, 87% estão no varejo e o restante é do setor atacadista”, segundo o consultor da Associação Comercial de Imperatriz, Eduardo Sousa. A maioria dos varejistas é do ramo de tecidos, artigos de armarinho, vestuários e calçados. Mais de 90% deles apresentam faturamento de até R$ 5 milhões e empregam de um a 30 funcionários. Até julho, a associação lança um perfil socioeconômico da cidade, feito em parceria com a fundação Getúlio Vargas.

O Tocantins Shopping, no centro da cidade, deve ter107 lojas, estacionamento com mil vagas e três salas de cinema. Será aberto até o fim do ano. Já o Imperial Shopping, com 161 lojas, mais de mil vagas para veículos e quatro salas de cinemas, deve ser inaugurado em 2012. “O investimento é de R$ 80 milhões e há planos de construir um hotel no terreno vizinho”, diz o corretor Ademar Mariano. Segundo ele, redes como Riachuelo e Mcdonalds confirmaram presença nos complexos, que tem 26 mil metros quadrados de área de locação.
O secretário municipal de Imperatriz, Sabino Costa, informou que somente o Imperial Shopping deve empregar mais de mil pessoas e atender consumidores de Estados Vizinhos. Redes como Carrefour e Pão de Açúcar também demonstram interesse em se instalar na cidade.

Com 19 empreendimentos e mais de sete mil postos de trabalhos no Estado, a rede varejista maranhense Mateus já anunciou que pode investir até R$ 60 milhões, no próximo semestre, na inauguração de quatro lojas no Maranhão – duas serão em Imperatriz, que já tem quatro unidades do grupo. “A loja será a maior do grupo no Estado, com 34 mil metros quadrados de área total”, informa o prefeito Madeira. O grupo Mateus é dono de uma rede de supermercados e também atua na indústria de panificação, revenda de eletrodomésticos e produtos farmacêuticos.

O setor de vendas de automóveis também passa por uma boa fase na cidade, que tem oito concessionárias de montadoras como Fiat e Ford. Lojas da Honda e Toyota acabam de ser inauguradas. A Milenium, com 8º funcionários, que funciona às margens da rodovia Belém-Brasília, vai ser ampliada com investimentos de R$ 3 milhões.

Na área de serviços, o empresário Marcelo Fialho aproveita o boom de crescimento. Dono do restaurante Cabana do Sol, aberto há 27 anos em Imperatriz, investiu em uma reforma de R$ 1,2 milhão e construiu um novo salão para eventos. Uma nova área para refeições, climatizada, ganhou um teto artesanal, feito de palha de piaçaba, planta típica da região. Hoje, o restaurante, de 320 lugares, tem 60 empregados e costuma receber executivos em visita à cidade.

A cozinha do Cabana do Sol, que privilegia pratos regionais como o filé de carne de sol, acabou virando referência gastronômica no Estado. Fialho já abriu uma filial em São Luís e se prepara para inaugurar uma segunda unidade na capital, com capacidade para 600 pessoas. “O investimento é de R$ 3 milhões e deve empregar mais de 160 pessoas”, diz.

Em Açailândia, o setor de comércio e serviços floresceu graças ao desenvolvimento do pólo siderúrgico. “O segmento é formado principalmente por lojas de confecção e de eletrodomésticos”, afirma Gildázio Alcântara, presidente da Associação Comercial e Industrial da cidade, com mais de 300 integrantes. Mas os empresários também apostam em novos nichos.

Com 11 funcionários, a marmoraria Marmogran tem clientes no Maranhão e Pará. Vende mais de 30 tipos da pedra, comprada no Espírito Santo para construtoras da região, como a Franca Engenharia e Alterosa. “Quando vou às feiras de construção no sudeste, ninguém acredita que consigo vender mármore no interior do Maranhão, diz a proprietária Iracilene Araújo.
Entre o Dia de Finados e o Natal, as entregas da loja aumentam até 40%. “As famílias aproveitam as datas para reformar residências e os jazigos dos parentes.” Neste ano, Iracilene já vendeu mais de 500 metros quadrados do material, um aumento de 10% em relação ao mesmo período do ano passado. “Vou contratar mais cinco funcionários até dezembro.”

Para traçar um panorama dos negócios em funcionamento nas cidades vizinhas, o Sebrae de Açailândia espera concluir até o final de junho o primeiro censo empresarial da região. “Até maio cadastramos mais 1,7 mil empresas”, informa a gerente do Sebrae, Rosilene Borges. O levantamento, iniciado em fevereiro, inclui a lista de pequenas companhias instaladas em Açailândia, Imperatriz e Balsas, com informações sobre localização, faturamento, setor de atuação e número de empregados. “O estudo vai orientar os empresários na realização de novos investimentos, por região.”
Segundo Rosilene, a maioria dos 500 pequenos empreendedores formais de Açailância emprega de duas a dez pessoas por empresa.

Desde 2007, o Sebrae da cidade oferece treinamentos sobre gestão administrativa e financeira, que já beneficiaram quase cem campanhas. A formalização de empreendimentos também está em andamento no município. Desde fevereiro, 255 negócios foram institucionalizados dentro do programa Empreendedor Individual. O objetivo é cadastrar 2,5 mil negócios até dezembro, como cabeleireiros, eletricistas e pintores. “Entre as empresas, queremos formalizar pelo menos 985 unidade em 2010.”

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